A espondilolistese é uma condição na coluna vertebral em que uma vértebra escorrega sobre a outra, gerando desconforto, dor e, em casos mais graves, problemas de mobilidade. Para muitos, essa condição levanta a questão: é seguro para quem tem espondilolistese frequentar a academia e praticar exercícios? A resposta é sim, com algumas considerações importantes. Vamos entender como treinar com segurança e quais exercícios são indicados para proteger a coluna.
1. O Que É Espondilolistese e Como Ela Afeta o Corpo?
A espondilolistese é o deslizamento de uma vértebra sobre outra, geralmente na região lombar. Esse movimento anormal pode comprimir nervos e causar dor, especialmente ao realizar certos movimentos de impacto. É importante lembrar que a condição varia em gravidade, desde casos leves, que permitem mais flexibilidade, até os mais graves, onde os cuidados precisam ser redobrados.
• Em muitos casos, o fortalecimento dos músculos ao redor da coluna pode ajudar.
• A estabilidade da coluna é essencial para aliviar a pressão nas vértebras.
• Quem tem espondilolistese deve adaptar os exercícios para evitar o agravamento.
2. Quem Tem Espondilolistese Pode Malhar com Segurança?
Sim, é possível malhar mesmo com espondilolistese, desde que o treino seja adaptado às necessidades de quem possui a condição. O ideal é focar em exercícios que fortaleçam a musculatura de sustentação da coluna, como o core (músculos abdominais e lombares), sem sobrecarregar as articulações.
• Evitar exercícios de impacto ou que envolvam carga excessiva na coluna.
• Alongamentos e exercícios de baixo impacto ajudam a aliviar o desconforto.
• Trabalhar com um profissional capacitado para orientar o treino de forma segura.

3. Exercícios Recomendados para Quem Tem Espondilolistese
Para quem tem espondilolistese, o foco deve ser em exercícios que aumentem a estabilidade e a força da coluna sem comprometer a integridade das vértebras. Os exercícios de baixo impacto e de fortalecimento do core são os mais indicados.
• Pranchas: ajudam a fortalecer o abdômen e a lombar, sustentando a coluna.
• Alongamentos de isquiotibiais: mantêm a flexibilidade sem pressionar a coluna.
• Fortalecimento do glúteo médio: estabiliza a pelve e reduz a carga na região lombar.
4. Exercícios que Devem Ser Evitados
Alguns exercícios, por sua natureza, não são recomendados para pessoas com espondilolistese, pois podem piorar o deslocamento vertebral. Evitar atividades de alto impacto e exercícios que exijam flexão ou extensão exagerada da coluna é fundamental para prevenir lesões.
• Levantamento terra: coloca muita carga na coluna e aumenta o risco de lesão.
• Corridas de longa duração: o impacto pode agravar o deslizamento das vértebras.
• Abdominais tradicionais: ao pressionar a lombar, esses exercícios podem piorar o quadro.
5. Importância do Fortalecimento do Core
O fortalecimento do core é essencial para quem tem espondilolistese, pois os músculos abdominais e lombares funcionam como um “cinturão” natural, protegendo e estabilizando a coluna. Exercícios como prancha, ponte e elevação de quadril são altamente recomendados.
• O fortalecimento reduz a pressão sobre as vértebras.
• Ajuda a prevenir lesões e aliviar a dor.
• Deve ser feito regularmente para garantir benefícios duradouros.
6. Alongamentos e Mobilidade: Componentes Fundamentais do Treino
Além do fortalecimento, alongamentos regulares ajudam a aliviar tensões musculares e melhoram a flexibilidade, o que pode reduzir o desconforto. Alongamentos para o quadríceps, isquiotibiais e lombar são benéficos, desde que feitos de maneira controlada.
• Alongamentos dinâmicos antes do treino e estáticos após são recomendados.
• O alongamento adequado ajuda a manter a coluna alinhada.
• A prática regular alivia a tensão nos músculos da região lombar.
7. O meu depoimento pessoal
Sempre pratiquei musculação desde dos meus 25 anos e na última década, por conta da minha formação em educação física, de forma consistente com relação às cargas; quando recebi o diagnóstico de espondilolistese, em Agosto/2024, imaginei inicialmente que teria a minha prática no esporte, comprometida ou até mesmo abortada; no entanto, no decorrer do encaminhamento e tratamento à fisioterapia, descobri que ao contrário do que imaginava, além de levar uma vida normal, poderia sim, continuar, com a musculação e com o devido acompanhamento, fortalecimento e prescrição adequada, levar uma vida normal, como se a lesão não existisse.

É muito importante porém, ressaltar que cada indivíduo é um único; e que no caso da espondilolistese, existem inúmeras variantes que podem sim, comprometer não só a pratica de atividade física de forma temporária ou até mesmo definitiva, mas as tarefas corriqueiras do dia-adia, sendo crucial o aconselhamento e acompanhamento por um profissionais capacitados nos dois tempos de tratamento: a reabilitação e o pós-reabilitação.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Espondilolistese e Academia
1. Quem tem espondilolistese pode fazer musculação?
Sim, mas é necessário adaptar os exercícios para evitar sobrecarga na coluna e priorizar movimentos de baixo impacto.
2. Quais exercícios são recomendados para espondilolistese?
Pranchas, elevação de quadril e fortalecimento do core em geral são excelentes para quem tem espondilolistese.
3. Quais exercícios devem ser evitados?
Levantamento terra, abdominais tradicionais e corridas de alto impacto devem ser evitados para não piorar a condição.
4. Preciso de um profissional para treinar com espondilolistese?
Sim, é altamente recomendado ter o acompanhamento de um profissional que conheça a condição e possa ajustar os exercícios.
5. Alongamentos são seguros para espondilolistese?
Sim, alongamentos específicos para lombar, quadríceps e isquiotibiais ajudam a aliviar a dor e aumentar a flexibilidade.
profissional de educação física, formado desde 2016 pela FMU, é credenciado pelo CREF/SP (139337-G/SP), acumulando mais de 10 anos de experiência em aulas coletivas e individuais (Musculação, Funcional, Corrida, HIIT e Alongamento/Mobility)